O cenário e a forma de empreender estão se modificando novamente, e a cultura de startups que inicialmente se colocou como um estilo de vida simples e leve, vem caindo por terra.
Uma startup não é nada mais do que um negócio comum, desenvolvendo novas formas de lidar com problemas, oportunidades e na exploração de novos mercados. E na grande maioria das vezes – mais do que 90% para ser exato – estes projetos não conseguem passar da fase de ideação. E é sob esta perspectiva que o Santa Helena Valley passará a ter uma nova pegada!
Inicialmente, o ecossistema se preocupava mais em fomentar a cultura empreendedora do que com resultados e métricas tangíveis. Isso porque há todo um canto de sereia apontando que é preciso “inspirar” para acontecer. Bem, a poesia e o romantismo são importantes em tudo na vida, mas é preciso dosar. Pois basta apenas uma pequena incursão no mundo real, algumas ligações para potenciais clientes e poucas visitas a órgãos governamentais para que a motivação comece a minar. E são nestes pontos que um ecossistema deveria focar, para unir e dar forças, know-how e mentoria a quem se arrisca cruzar este caminho.
E é baseado nestes pontos, e ao conversar com grandes players de mercado, que decidi me reunir há algumas semanas atrás com alguns dos cofundadores do ecossistema e agentes de inovação do estado, Tiago Pereira e Marcelo Sander. Apresentei a minha visão e obtive o aval para colocá-la em prática em conjunto com ambos. Veja as propostas nos tópicos abaixo:
Obs.: Todas as propostas serão pouco a pouco centralizadas no site.
1 – Resolver problemas reais:
Será criada uma estratégia para aproximar do ecossistema as necessidades das grandes empresas (Iveco, ambev …), do comércio, varejo, pequenas e médias empresas, entre outras. Para que possamos entender como ajuda-los de verdade, ao invés de empurrar soluções prontas, que na maioria das vezes, não se encaixam em suas necessidades reais.
2 – Unir os stakeholders locais
“Stakeholder: significa público estratégico e descreve uma pessoa ou grupo que tem interesse em uma empresa, negócio ou indústria, podendo ou não ter feito um investimento neles. Em inglês stake significa interesse, participação, risco. Holder significa aquele que possui.”
Nossa cidade é riquíssima em capital intelectual humano, além de possuir localmente algumas das plantas industrias mais avançadas do país. Tais como o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Iveco, que é o único fora da Europa. E também a Ambev, que possui a planta industrial mais moderna da América Latina em nossa cidade. Além de outras empresas que estão sendo mapeadas.
O nosso propósito é criar um ponto em comum junto a todos estes stakeholders, para que possamos trabalhar em conjunto a inovação. Novamente, unir forças em cima de necessidades reais!
Obs.: E vale lembrar que este tópico não se limita apenas as empresas do município, pois a globalização anda a todo vapor, e não seremos nós a nadar contra a maré.
3 – Orgãos e entidades:
Neste ponto nós já somos prestigiados por possuirmos um ótimo relacionamento com as lideranças de entidades como o Sebrae, ACI, Grupos empresariais, entre outros. Mas agora é preciso um esforço maior para conscientizar os órgãos governamentais.
Toda vez que falo sobre inovação, também falo sobre liderança. Nada acontece se a liderança – o norte da cultura de um processo – não comprar/acreditar na mudança. Portanto, será de grande importância estreitar o relacionamento com estas respectivas lideranças governamentais.
4 – Lideranças:
As lideranças do Santa Helena Valley têm como único fim, ser o ponto de conexão entre partes interessadas. Sendo o elo e a ponte entre o 1º, 2º e 3º Setor. Objetivo principal: Comunicação.
5 – Reuniões do ecossistema:
Voltaram a ser realizadas, mas com o foco maior em apresentações advindas dos stakeholders citados no item 2. Ou seja, em vez de ficar trocando informações sobre soluções entre nós, trocaremos informações com os donos dos problemas.
6 – Eventos:
Haverá um filtro maior para entender quais os eventos realmente podem trazer benefícios para ecossistema, e sociedade geral como um todo.
Para finalizar, vale lembrar que todos estes pontos serão trabalhados em conjunto. Para que não atrapalhe a agenda, o desenvolvimento pessoal e profissional de nenhum participante.
Contamos com apoio e a ajuda de todos vocês, membros deste incrível ecossistema. Para que juntos possamos transformar as coisas.
No mais, sejam todos bem-vindos(as) a Era do Fomento e do Propósito.
Abraços!
Jonathan Ramos – Head de Disrupção e Relacionamento